Por Manoel Raimundo
Vice-presidente do SINFEAL
Investir no transporte ferroviário de passageiros é democratizar o espaço urbano tão concorrido na sociedade contemporânea.
Conciliar as necessidades dos agentes envolvidos na disputa não é tarefa fácil aos gestores. As médias e grandes cidades estão condenadas a investirem em transporte coletivo. Historicamente, o Brasil se apresentou e ainda se apresenta de forma negligente no quesito infraestrutura. Um país não tem como estimular o EMPREENDEDORISMO se não priorizar esse setor.
Portanto, garantir recursos para que se destrave a mobilidade é fundamental.
O Governo, para justificar a privatização da CBTU e TRENSURB, alega a incompatibilidade entre subsídios (gastos) e investimentos. Apresenta números em sua defesa. Afirma que em dez anos destinou às duas Empresas 11(onze) bilhões a título de subsídios e de 2014 pra cá apenas 400 milhões em investimentos.
Portanto, alega que precisa inverter essa lógica.
A partir desses dados os trabalhadores agrupados em seus SINDICATOS discutem um projeto que apresentarão no prazo de 12(doze) a 24(vinte quatro) meses que pretende reduzir os custos dos subsídios, aliado a uma política de governo de aumento tarifário em que o valor das passagens dos TRENS, VLT’s e METRÔS não ultrapasse 80% do valor do transporte rodoviário, projeto esse que teria 20(vinte) anos para reduzir em 50% os custos em subsídios.
Com isso, o Governo não falaria em privatização durante o período de desenvolvimento do projeto.
Para que isso aconteça, precisamos imensamente das Casas Legislativas.